50 dicas para administrar o DA (déficit de atenção)
01. Antes de tudo, tenha a certeza de que o problema é realmente DA. Elimine primeiro as hipóteses de problemas de audição e visão, ou outro problema médico, conversando com os pais e com a criança.
02. Prepare-se para suportar. Ser professor em uma sala de aula com duas ou três crianças com DA é cansativo. Busque apoio da escola e dos pais e tenha por perto um psicólogo, pedagogo, pediatra ou outro a quem consultar.
03. Um professor não é especialista em DA. Conheça seus limites e não hesite em pedir ajuda quando necessário.
04. Sozinho com a criança, conte a ela o que é DA e pergunte-lhe o que pode ajudar. As crianças são muito intuitivas e ela mesma poderá ter a resposta que procura. Sua opinião deve ser levada em conta, pois ela é quem mais sabe como aprende melhor ou não.
05. Faça listas. Elas precisam consultar o que estão fazendo para não se perderem, precisam ser lembradas, precisam de previsões e de repetições. Elas também necessitam de diretrizes e de limites.
06. Considere a parte emocional do aprendizado, pois a criança precisa de apoio especial para encontrar prazer na sala de aula. Domínio, ao invés de falhas e frustrações. Excitação, ao invés de tédio e medo.
07. Estabeleça regras fáceis e por escrito. A criança se sente segura sabendo o que é esperado dela.
08. Repita as diretrizes, fale sobre elas, repita outra vez. Pessoas com DA precisam ouvir as coisas mais vezes.
09. Olhe bem nos seus olhos. Isso a tirará do seu devaneio e também lhe dará segurança.
10. Coloque a criança sentada o mais próximo possível de você.
11. Estabeleça limites devagar, com calma, não de modo punitivo. Seja firme e fale pouco e honestamente.
12. Tente prever. Coloque o plano à vista da criança e avise-a de mudanças, se forem acontecer.
13. Ajude a criança a fazer sua programação para depois da aula, esforçando-se para evitar seu hábito de adiar as tarefas.
14. Elimine ou reduza a frequência dos testes de tempo, que não possibilitam à criança com DA mostrar o que sabe.
15. Propicie uma válvula de escape, deixando-a sair da sala por alguns minutos.
16. Busque a qualidade em vez das quantidades nos serviços de casa.
17. Monitore e dê à criança retornos sobre seu desempenho.
18. Dividir grandes tarefas em tarefas menores é uma das principais formas de ajudar a criança, nos casos de DA.
19. Permita-se brincar, divertir, ser extravagante. Crianças com DA adoram novidades e reagem com entusiasmo. Se se fizer de bobo, isso ajuda muito porque ela não o achará um chato.
20. Vá até certo ponto na estimulação, e não mais além. Prevenir é o melhor para se lidar com o caos na sala de aula.
21. Elogie, pois estas crianças já convivem com o fracasso. Elas adoram ser encorajadas e isso ajuda muito na auto-estima.
22. Trabalhe com a memória, ensinando coisas como rimas, lembretes, códigos fáceis de serem decorados e lembrados.
23. Use resumo, ensine resumido, sem profundidade. Isso dá à criança a sensação de domínio durante o processo de aprendizagem, e não a sensação de que aquilo tudo é desnecessário.
24. Avise antes sobre o que vai falar, então fale. Depois fale sobre o que falou. Crianças com DA aprendem melhor visualmente do que com voz, então escreva enquanto fala.
25. Dê instruções simples e opções simples, para prender a atenção.
26. Ensine-a a se auto-observar, fazendo perguntas: Você sabe o que fez? Como acha que poderia ter dito aquilo de outro jeito? O que acha que a garota sentiu quando você falou isso?
27. Mostre abertamente suas expectativas.
28. Muitas crianças com DA são pequenos empreendedores e respondem muito bem a recompensas e incentivos.
29. Elas são vistas como egocêntricas, quando na verdade não sabem como agir. Diga, por exemplo, "antes de contar a história, ouça a dos outros e olhe para a pessoa com quem estiver falando".
30. Aplique testes de habilidades.
31. Faça a criança se sentir envolvida nas coisas. Isso vai motivá-la bastante.
32. Separe pares ou trios de crianças que não se dão muito bem juntas.
33. Atente para a integração. Essas crianças precisam se sentir enturmadas, é quando elas se motivam.
34. Sempre que possível, devolva as responsabilidades à criança.
35. Experimente um caderno 'escola - casa - escola' para comunicação com os pais, que garante um retorno.
36. Tente utilizar relatórios diários de avaliação.
37. Incentive a auto-avaliação, inclusive nos intervalos e no fim da aula.
38. Prepare-se para imprevistos, o que pode evitar inquietações.
39. Elogie, seja firme, aprove, encoraje e seja amoroso.
40. Faça a criança escrever notas para si mesma, para lembrar depois.
41. Escrever à mão é muitas vezes difícil para essas crianças. Ensine-as, por exemplo, a usar teclados, faça ditados, aplique testes orais.
42. Seja como um maestro, tendo a atenção da orquestra antes de começar.
43. Sempre que possível, prepare para cada aluno um 'companheiro de estudo' para cada tema, se possível com o número do telefone.
44. Explique e dê o tratamento normal, evitando o estigma.
45. Reuna-se com os pais mais vezes e não apenas para resolver crises ou problemas.
46. Incentive a leitura em voz alta, em casa e na sala de aula. Faça a criança recontar histórias. Ajude-a falar por tópicos.
47. Repetir, repetir, repetir.
48. Exercícios físicos, ginásticas, um dos melhores tratamentos para DA, adultos ou crianças. Ajudam a liberar excesso de energia, ajudam na concentração da atenção. Assegure-se de que sejam divertidos.
49. É melhor que a criança já saiba o que vai ser discutido naquele dia.
50. Esteja atento às dicas do momento. Essas crianças são mais talentosas e artísticas do que parecem. São cheias de criatividade, alegria, espontaneidade e bom humor. Tendem a ser resistentes, sempre agarradas ao passado. São generosas de espírito, felizes em poder ajudar alguém e sempre têm algo de especial que engrandece as coisas com que estão envolvidas. Lembre-se de que no meio do barulho existe uma sinfonia, uma sinfonia que precisa ser escrita.
Fonte: Revista Pró-Educação, ano II, Edição 10, out/nov 1999, São Paulo- SP
01. Antes de tudo, tenha a certeza de que o problema é realmente DA. Elimine primeiro as hipóteses de problemas de audição e visão, ou outro problema médico, conversando com os pais e com a criança.
02. Prepare-se para suportar. Ser professor em uma sala de aula com duas ou três crianças com DA é cansativo. Busque apoio da escola e dos pais e tenha por perto um psicólogo, pedagogo, pediatra ou outro a quem consultar.
03. Um professor não é especialista em DA. Conheça seus limites e não hesite em pedir ajuda quando necessário.
04. Sozinho com a criança, conte a ela o que é DA e pergunte-lhe o que pode ajudar. As crianças são muito intuitivas e ela mesma poderá ter a resposta que procura. Sua opinião deve ser levada em conta, pois ela é quem mais sabe como aprende melhor ou não.
05. Faça listas. Elas precisam consultar o que estão fazendo para não se perderem, precisam ser lembradas, precisam de previsões e de repetições. Elas também necessitam de diretrizes e de limites.
06. Considere a parte emocional do aprendizado, pois a criança precisa de apoio especial para encontrar prazer na sala de aula. Domínio, ao invés de falhas e frustrações. Excitação, ao invés de tédio e medo.
07. Estabeleça regras fáceis e por escrito. A criança se sente segura sabendo o que é esperado dela.
08. Repita as diretrizes, fale sobre elas, repita outra vez. Pessoas com DA precisam ouvir as coisas mais vezes.
09. Olhe bem nos seus olhos. Isso a tirará do seu devaneio e também lhe dará segurança.
10. Coloque a criança sentada o mais próximo possível de você.
11. Estabeleça limites devagar, com calma, não de modo punitivo. Seja firme e fale pouco e honestamente.
12. Tente prever. Coloque o plano à vista da criança e avise-a de mudanças, se forem acontecer.
13. Ajude a criança a fazer sua programação para depois da aula, esforçando-se para evitar seu hábito de adiar as tarefas.
14. Elimine ou reduza a frequência dos testes de tempo, que não possibilitam à criança com DA mostrar o que sabe.
15. Propicie uma válvula de escape, deixando-a sair da sala por alguns minutos.
16. Busque a qualidade em vez das quantidades nos serviços de casa.
17. Monitore e dê à criança retornos sobre seu desempenho.
18. Dividir grandes tarefas em tarefas menores é uma das principais formas de ajudar a criança, nos casos de DA.
19. Permita-se brincar, divertir, ser extravagante. Crianças com DA adoram novidades e reagem com entusiasmo. Se se fizer de bobo, isso ajuda muito porque ela não o achará um chato.
20. Vá até certo ponto na estimulação, e não mais além. Prevenir é o melhor para se lidar com o caos na sala de aula.
21. Elogie, pois estas crianças já convivem com o fracasso. Elas adoram ser encorajadas e isso ajuda muito na auto-estima.
22. Trabalhe com a memória, ensinando coisas como rimas, lembretes, códigos fáceis de serem decorados e lembrados.
23. Use resumo, ensine resumido, sem profundidade. Isso dá à criança a sensação de domínio durante o processo de aprendizagem, e não a sensação de que aquilo tudo é desnecessário.
24. Avise antes sobre o que vai falar, então fale. Depois fale sobre o que falou. Crianças com DA aprendem melhor visualmente do que com voz, então escreva enquanto fala.
25. Dê instruções simples e opções simples, para prender a atenção.
26. Ensine-a a se auto-observar, fazendo perguntas: Você sabe o que fez? Como acha que poderia ter dito aquilo de outro jeito? O que acha que a garota sentiu quando você falou isso?
27. Mostre abertamente suas expectativas.
28. Muitas crianças com DA são pequenos empreendedores e respondem muito bem a recompensas e incentivos.
29. Elas são vistas como egocêntricas, quando na verdade não sabem como agir. Diga, por exemplo, "antes de contar a história, ouça a dos outros e olhe para a pessoa com quem estiver falando".
30. Aplique testes de habilidades.
31. Faça a criança se sentir envolvida nas coisas. Isso vai motivá-la bastante.
32. Separe pares ou trios de crianças que não se dão muito bem juntas.
33. Atente para a integração. Essas crianças precisam se sentir enturmadas, é quando elas se motivam.
34. Sempre que possível, devolva as responsabilidades à criança.
35. Experimente um caderno 'escola - casa - escola' para comunicação com os pais, que garante um retorno.
36. Tente utilizar relatórios diários de avaliação.
37. Incentive a auto-avaliação, inclusive nos intervalos e no fim da aula.
38. Prepare-se para imprevistos, o que pode evitar inquietações.
39. Elogie, seja firme, aprove, encoraje e seja amoroso.
40. Faça a criança escrever notas para si mesma, para lembrar depois.
41. Escrever à mão é muitas vezes difícil para essas crianças. Ensine-as, por exemplo, a usar teclados, faça ditados, aplique testes orais.
42. Seja como um maestro, tendo a atenção da orquestra antes de começar.
43. Sempre que possível, prepare para cada aluno um 'companheiro de estudo' para cada tema, se possível com o número do telefone.
44. Explique e dê o tratamento normal, evitando o estigma.
45. Reuna-se com os pais mais vezes e não apenas para resolver crises ou problemas.
46. Incentive a leitura em voz alta, em casa e na sala de aula. Faça a criança recontar histórias. Ajude-a falar por tópicos.
47. Repetir, repetir, repetir.
48. Exercícios físicos, ginásticas, um dos melhores tratamentos para DA, adultos ou crianças. Ajudam a liberar excesso de energia, ajudam na concentração da atenção. Assegure-se de que sejam divertidos.
49. É melhor que a criança já saiba o que vai ser discutido naquele dia.
50. Esteja atento às dicas do momento. Essas crianças são mais talentosas e artísticas do que parecem. São cheias de criatividade, alegria, espontaneidade e bom humor. Tendem a ser resistentes, sempre agarradas ao passado. São generosas de espírito, felizes em poder ajudar alguém e sempre têm algo de especial que engrandece as coisas com que estão envolvidas. Lembre-se de que no meio do barulho existe uma sinfonia, uma sinfonia que precisa ser escrita.
Fonte: Revista Pró-Educação, ano II, Edição 10, out/nov 1999, São Paulo- SP
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